Do Cuidado Farmacêutico em Pacientes com a Doença de Alzheimer

Abstract

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera idosa uma pessoa a partir de 60 anos, enquanto a farmacoterapia classifica indivíduos a partir de 65 anos como idosos. Nos Estados Unidos, esse grupo recebe cerca de um terço das prescrições médicas. A população idosa está crescendo tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, como o Brasil, onde é comum a prevalência de doenças crônicas, incluindo as demências. Essa condição é caracterizada pela destruição acelerada de células cerebrais, resultando em deterioração gradual das funções mentais, afetando a fala, atenção, memória, concentração e pensamento. Assim, pode-se observar que a Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência senil, caracterizada pelo comprometimento progressivo da memória e disfunção cognitiva, podendo evoluir para um estado vegetativo. O tratamento farmacológico da DA visa retardar sua evolução e atenuar os sintomas, utilizando medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), como inibidores da acetilcolinesterase (tacrina, galantamina, rivastigmina e donepezila) e moduladores de glutamato (memantina). O tratamento segue a hipótese colinérgica, que relaciona a neurodegeneração à morte de neurônios colinérgicos. O farmacêutico desempenha o cuidado farmacêutico através da promoção da educação, orientação e estabelecimento de protocolos clínicos baseados em evidências para aprimorar a farmacoterapia. Deve-se monitorar constantemente aos Problemas Relacionados a Medicamentos, bem como interações, reações adversas e ajustes de dosagem, garantindo o uso racional de medicamentos. A tendência é o aumento da prevalência da DA, pois o número da população idosa está a crescer, sendo necessária a intervenção farmacêutica.